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Confiança do Varejo Brasileiro em Queda, mas Investimentos Permanecem Sólidos

  • Foto do escritor: igu gonzaga
    igu gonzaga
  • 29 de jan.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 3 de fev.

Em janeiro de 2025, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou uma queda de 1,1%, atingindo 109 pontos, após três meses consecutivos de alta. Essa redução reflete uma moderação no otimismo dos comerciantes, influenciada por desafios econômicos e despesas sazonais dos consumidores, como impostos e custos escolares. Comparado ao mesmo período do ano anterior, o índice apresentou uma leve diminuição de 0,1%. 


Os subindicadores que mais contribuíram para essa queda foram a Condição Atual da Economia e a Expectativa da Economia, ambos com redução de 2,6% em relação ao mês anterior. 

Apesar desse cenário, as intenções de investimento mostraram resiliência, com um crescimento de 0,2% em comparação a dezembro e de 2,4% em relação a janeiro de 2024. Os empresários mantiveram o foco em investimentos em capital físico e controle de estoques. Após as contratações temporárias típicas do final de ano, o quadro de funcionários permaneceu estável. 


O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, destacou em entrevista a necessidade de cautela:

“O cenário é de cautela para o comércio, o que nos alerta para a necessidade de redobrarmos esforços em prol da retomada econômica, especialmente em um momento de maior pressão sobre os custos. Por outro lado, é animador ver que os investimentos continuam avançando, o que demonstra o comprometimento dos varejistas com a superação dos desafios.” 


A queda na confiança foi mais acentuada no setor de bens semiduráveis, como roupas, calçados e acessórios, com uma redução de 1,8%, segundo o CNC. Em contrapartida, segmentos como supermercados, farmácias e lojas de cosméticos registraram um aumento de 0,3%, enquanto eletroeletrônicos, móveis, materiais de construção e veículos tiveram um crescimento de 0,7%. 

Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, observou que essa retração no otimismo dos empresários de semiduráveis reflete o comportamento cauteloso do consumidor no período pós-festas, quando os orçamentos familiares estão mais pressionados por despesas sazonais. Ele enfatizou a importância de estratégias assertivas, como promoções, flexibilização de prazos e maior controle dos estoques. 


No que diz respeito às intenções de investimento, quase todos os segmentos apresentaram variações positivas, com destaque para eletroeletrônicos, móveis, materiais de construção e veículos, que registraram um aumento de 1,1%, mesmo diante da alta da taxa Selic. O comércio de bens semiduráveis foi a única exceção, com uma redução de 1,4% na perspectiva de investimentos. Analisando o quesito anualmente, todos os setores apresentaram resultados positivos, com destaque para eletroeletrônicos e afins, que tiveram um crescimento de 4,3% em relação a janeiro de 2024. 


Em resumo, embora haja uma queda na confiança do varejo, as intenções de investimento permanecem firmes, indicando o comprometimento dos empresários em superar os desafios econômicos atuais.

 
 
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